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Mostrando postagens de abril, 2016

MAST

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              O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) fundado em 1985 no antigo prédio do Observatório Nacional no bairro de São Cristóvão no estado do Rio de Janeiro. Tem a missão de "ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento científico e tecnológico por meio da pesquisa, preservação de acervos e divulgação da história da ciência e tecnologia no Brasil". (MAST, 2010) O conjunto arquitetônico que compõe o entorno do museu constitui um importante testemunho preservado de um observatório astronômico do início do século XX. Enquanto que s eu acervo museológico é composto majoritariamente por instrumentos, objetos e documentos provenientes do Observatório Nacional. O museu possui uma base de dados online onde disponibiliza informações sobre seu acervo museológico, arquivístico e biblioteconômico. Fachada do museu Visite o museu! Saiba o horário de visitação e programação: MAST --- English version The Museum of Astronomy and Related Sci

Processos fotográficos do século XIX e problemas de deterioração

Processos fotográficos do século XIX e problemas de deterioração “Diferentes tipos de processos fotográficos foram introduzidos, floresceram e desapareceram no curto período de 150 anos da história desta tecnologia de produção de imagens”. ( MUSTARDO; KENNEDY, 2004, p. 17) A fotografia, de certa forma, conquistou rapidamente o seu espaço na sociedade que entendia que “cabe a ela [fotografia] prolongar a aparência das coisas, difundir os conhecimentos e conservar a memória.” (C ARTIER-BRESSON; 2004, p. 1) É bem verdade que a fotografia torna possível a observação de cenários, indumentárias e costumes de maneira muito mais precisa que qualquer fonte escrita. “As excepcionais capacidades informativas e didáticas da fotografia abriram novas perspectivas documentais e iconográficas, desbravadas já pelos primeiros fotógrafos que percorriam o mundo, freqüentemente com o auxílio dos poderes públicos ”. (C ARTIER-BRESSON, 2004, p. 1) O homem sempre tentou representar a realidade ao

Mulheres no estudo da astronomia

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Mulheres no estudo da astronomia Tosi afirma que a Astronomia foi a ciência que mais despertou o interesse dos homens e mulheres burgueses e nobreza por conta das descobertas realizadas por Newton e o estabelecimento das leis dos movimentos planetários estabelecidos por Kepler.  Nesse momento a astronomia demandava não apenas conhecimento teórico, mas também prático como, por exemplo, polimento de lentes e fabricação de instrumentos, como também o desenvolvimento de cálculos. Esse se tornou o momento de participação das mulheres ocupando posições secundárias. (TOSI, 1998, p.384) Não diferindo do restante das ciências, os nomes das mulheres começam a aparecer na astronomia à sombra dos homens fosse, pai, irmão ou marido cientistas, a quem ajudavam em seus trabalhos, observações, nos cálculos e nas classificações ou no prosseguimento das pesquisas depois da morte dos mesmos. No século XVIII, as astrônomas mais famosas foram Caroline Herchel (1750-1848) e Maria Winkelmann (1670

Mulheres na Ciência

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Mulheres na Ciência O campo de estudo que se ocupa a investigar os fenômenos científico-tecnológicos e sua relação com o contexto social é comumente chamado de estudos sociais da ciência. E parte do princípio que “os fatores econômicos, políticos e culturais têm influência sobre as mudanças científico-tecnológicas; e as mudanças científico-tecnológicas têm conseqüências para a sociedade e seu meio ambiente.” (SANTOS, 2006) A noção da construção do saber científico como objetivo, universal e neutro deu lugar a interpretação de que a ciência que é produzida em um dado local em uma determinada época é fruto de um contexto social e histórico específico. Com essa nova abordagem de estudo com relação a ciências e seus valores como a relação entre ciência e gênero (participação das mulheres nas atividades científicas). (SILVA, 1998, p.11)     Durante muitos anos as mulheres permaneceram confinadas ao “saber doméstico que consistia na leitura e na escrita, algumas noções de cálcu

Kazimir Malevich

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O russo Kazimir Malevich (1878-1935) é o idealizador do movimento Suprematista que trilhou o caminho de desconstrução do modelo figurativo. Para isso ele utilizou a única forma que não nasceu na natureza: o quadrado e também fez uso das formas geométricas uma vez que a matemática que é ciência abstrata, intelectualizada criada pelo Homem. Kazimir Malevich.  Two-dimensional self-portrait Como pode ser observado em sua pintura, Malevich emprega reducionismo de formas e cores, ou seja, usa formas inteiramente monocromáticas. Ele também cria um dinamismo com essas formas geométricas conferindo a idéia de movimento. Malevich alcança sobre a planaridade da tela na medida em que as formas geométricas não são perfeitamente dispostas, soltas no espaço e nem tem um formato perfeito. Kazimir Malevich Quadro preto sobre fundo branco Malevich inova ao fazer a exposição “ 0,10” em 1915 onde colocou quadros de maneira muito próxima, aparentemente desconexa. Foi nessa ocasião

Hans Staden

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O alemão Hans Staden viajou duas vezes ao Brasil (1547 e 1550) e relatou em livro tudo que se passou durante seu período. Seu livro teve grande repercussão por conta de suas ilustrações, descrições de rituais antropofágicos , animais, plantas e costumes exóticos. Para os estudiosos, a obra contém informações de interesse antropológico , sociológico , linguístico e cultural sobre a vida, os costumes e as crenças dos indígenas do litoral brasileiro na primeira metade do século XVI . Em sua primeira viagem ao Brasil esteve no estado de Pernambuco, enquanto que na segunda embarcou na expedição espanhola de Diego Sanabia, novo Governador do Paraguai. Contudo, seu navio naufragou nas costas do litoral fluminense. Por saber lidar com canhões, os portugueses destinaram Staden a artilheiro do Forte de Bertioga e foi defendendo esse forte que os tupinambás (inimigos dos lusos) o capturaram. Staden foi capturado por um aborígine chamado Nhaepepô-açu ("Panela Grande") e, em s

Fotografias albuminadas

Fotografias albuminadas O termo fotografia é usado, na atualidade, genericamente para designar objetos de natureza bastante diversa e que tem em comum a ação da luz na formação da imagem. A expressão espécie fotográfica é utilizada por Pavão para assinalar, de maneira geral, objetos que contenham imagens fotográficas.     “[...] uma fotografia será uma composição de materiais, em geral com uma configuração laminada ou em camadas, com todas as resultantes químicas e os riscos físicos que isto possa acarretar”. ( MUSTARDO; KENNEDY, 2004, p. 19) A fotografia ou espécie fotográfica consiste da integração de várias camadas que, de maneira geral, podem ser divididas em suporte, substância formadora da imagem e meio ligante. O suporte tem o objetivo de servir como estrutura para a imagem. Diversos materiais foram utilizados para este fim, como por exemplo, vidro, metal, plástico, sendo o papel o mais comum. A substância formadora da imagem é o material que confere os tons de claro

Exposição “Olhar o Céu, Medir a Terra”

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Exposição “Olhar o Céu, Medir a Terra” O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) apresenta a exposição permanente “Olhar o Céu, Medir a Terra” que busca contar “o desafio constante, enfrentado de diferentes maneiras e em diferentes épocas. A partir dos instrumentos de medição do tempo e do espaço, [...] explora a relação entre ciência e a configuração territorial do Brasil”. (Catálogo da exposição).  A exposição utiliza a coleção de objetos e instrumentos científicos do MAST, objetos esses que contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento em vários campos da ciência. O catálogo da exposição encontra-se disponível no site da instituição. Disponível em: http://www.mast.br/pdf/catalogo_olhar_o_ceu_medir_a_terra.pdf   Local: Museu de Astronomia e Ciências Afins, prédio sede – Rio de Janeiro Para mais informações: http://www.mast.br/exposicoes.html

Comissão Cruls

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Comissão Cruls A idéia de transferência da Capital Federal para o interior do território brasileiro não era nova desde 1808 , pelo menos quando a família real portuguesa veio buscar abrigo no Brasil, havia sido notada a vulnerabilidade do Rio de Janeiro no caso de guerras navais, e aventada a possibilidade de transferir a capital para o interior. (MAST, 2004, p. 35) Somando-se à razão acima apontada, havia ainda a percepção de que a cidade do Rio de Janeiro era insalubre, e, principalmente, de que era importante povoar o interior do território brasileiro. A mudança da capital já era prevista na Constituição Federal de 1891 , artigo 3º, que dizia: “Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital federal”. (BARROS, 1891) Contudo, a instabilidade política dos anos iniciais da República viria a acelerar a iniciativa de demarcar a área da nova capital.