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Divulgação científica em Museus de Ciência

        Ciência e tecnologia são conceitos chaves na estruturação do conjunto complexo que é o mundo contemporâneo. Para Marta Loureiro, a ciência moderna constitui um dos principais subsídios para a construção de verdades e, por sua vez, a tecnologia transforma nosso cotidiano rapidamente (2009, p.345). Nesse contexto, frequentemente conceitos como ‘vulgarização’, ‘divulgação’, ‘popularização’ aparecem associados aos debates que alimentam os canais de comunicação da ciência e tecnologia frente à sociedade (LOUREIRO, 2009, p.346).            No século XIX, o termo “vulgarização científica” estava associado à ação de discorrer sobre ciência para os leigos e, no século XX, esse termo entrou em desuso em favor de outro, que fazia referência a várias instâncias da comunicação da ciência: “divulgação científica” (VERGARA, 2008, p.137). A divulgação científica pode ser definida pelo “emprego de técnicas de recodificação de linguagem da informação científica e tecnológica objetivando ating

Museu do Amanhã

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         O Museu do Amanhã é um museu de ciências situado no Rio de Janeiro inaugurado em dezembro de 2015. Consiste em um equipamento cultural da Secretaria Municipal de Cultura. O Museu do Amanhã já recebeu mais de 3 milhões de visitantes.          O Museu do Amanhã oferece analisa como poderemos viver e construir os próximos 50 anos. Se propõe a ser um ambiente de ideias, explorações e perguntas sobre nossa época e caminhos possíveis que formaram o futuro. O Amanhã está sendo construído por todos nós, cidadãos, membros da espécie humana.        O museu também promover a inovação e divulgar os avanços da ciência. Evidencia as oportunidades e os desafios que teremos que enfrentar nas próximas décadas levando em consideração a sustentabilidade ecológica.   Museu com iluminação noturna        Em abril, foi inaugurada uma nova exposição temporária, "O poeta voador, Santos Dumont" que evidencia a criatividade do inventor brasileiro. A exposição possui protótipos

Observatório Nacional e a criação do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)

       Quando Henrique Morize, em 1927, foi incumbido por Lyra Castro, Ministro da Agricultura, Indústria e Comércio, para escrever sobre a trajetória do Observatório Nacional (ON), ele observou que realizar essa tarefa era muito mais difícil do que parecia à primeira vista. Não se encontram nos Arquivos dos diversos ministérios de que dependeu o Observatório, os dados que se esperava achar. No próprio Observatório, somente relativamente a épocas recentes existem dados fiéis, pois antes da transferência do Castelo para o atual local, onde há lugares em que podem ser resguardados os papéis e livros documentais, não havia locais convenientes, o cupim e a umidade destruíram muitos papéis antigos, que seriam hoje de grande utilidade (MORIZE, 1987, p.39).        Logo, analisar a trajetória do Observatório é uma tarefa difícil frente à ausência de documentação a respeito. Alguns motivos para essa fragmentação, além dos já ressaltados por Morize, são as diversas mudanças de ministérios à

MAST

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              O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) fundado em 1985 no antigo prédio do Observatório Nacional no bairro de São Cristóvão no estado do Rio de Janeiro. Tem a missão de "ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento científico e tecnológico por meio da pesquisa, preservação de acervos e divulgação da história da ciência e tecnologia no Brasil". (MAST, 2010) O conjunto arquitetônico que compõe o entorno do museu constitui um importante testemunho preservado de um observatório astronômico do início do século XX. Enquanto que s eu acervo museológico é composto majoritariamente por instrumentos, objetos e documentos provenientes do Observatório Nacional. O museu possui uma base de dados online onde disponibiliza informações sobre seu acervo museológico, arquivístico e biblioteconômico. Fachada do museu Visite o museu! Saiba o horário de visitação e programação: MAST --- English version The Museum of Astronomy and Related Sci

Mulheres no estudo da astronomia

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Mulheres no estudo da astronomia Tosi afirma que a Astronomia foi a ciência que mais despertou o interesse dos homens e mulheres burgueses e nobreza por conta das descobertas realizadas por Newton e o estabelecimento das leis dos movimentos planetários estabelecidos por Kepler.  Nesse momento a astronomia demandava não apenas conhecimento teórico, mas também prático como, por exemplo, polimento de lentes e fabricação de instrumentos, como também o desenvolvimento de cálculos. Esse se tornou o momento de participação das mulheres ocupando posições secundárias. (TOSI, 1998, p.384) Não diferindo do restante das ciências, os nomes das mulheres começam a aparecer na astronomia à sombra dos homens fosse, pai, irmão ou marido cientistas, a quem ajudavam em seus trabalhos, observações, nos cálculos e nas classificações ou no prosseguimento das pesquisas depois da morte dos mesmos. No século XVIII, as astrônomas mais famosas foram Caroline Herchel (1750-1848) e Maria Winkelmann (1670

Mulheres na Ciência

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Mulheres na Ciência O campo de estudo que se ocupa a investigar os fenômenos científico-tecnológicos e sua relação com o contexto social é comumente chamado de estudos sociais da ciência. E parte do princípio que “os fatores econômicos, políticos e culturais têm influência sobre as mudanças científico-tecnológicas; e as mudanças científico-tecnológicas têm conseqüências para a sociedade e seu meio ambiente.” (SANTOS, 2006) A noção da construção do saber científico como objetivo, universal e neutro deu lugar a interpretação de que a ciência que é produzida em um dado local em uma determinada época é fruto de um contexto social e histórico específico. Com essa nova abordagem de estudo com relação a ciências e seus valores como a relação entre ciência e gênero (participação das mulheres nas atividades científicas). (SILVA, 1998, p.11)     Durante muitos anos as mulheres permaneceram confinadas ao “saber doméstico que consistia na leitura e na escrita, algumas noções de cálcu

Exposição “Olhar o Céu, Medir a Terra”

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Exposição “Olhar o Céu, Medir a Terra” O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) apresenta a exposição permanente “Olhar o Céu, Medir a Terra” que busca contar “o desafio constante, enfrentado de diferentes maneiras e em diferentes épocas. A partir dos instrumentos de medição do tempo e do espaço, [...] explora a relação entre ciência e a configuração territorial do Brasil”. (Catálogo da exposição).  A exposição utiliza a coleção de objetos e instrumentos científicos do MAST, objetos esses que contribuíram para o desenvolvimento do conhecimento em vários campos da ciência. O catálogo da exposição encontra-se disponível no site da instituição. Disponível em: http://www.mast.br/pdf/catalogo_olhar_o_ceu_medir_a_terra.pdf   Local: Museu de Astronomia e Ciências Afins, prédio sede – Rio de Janeiro Para mais informações: http://www.mast.br/exposicoes.html

Comissão Cruls

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Comissão Cruls A idéia de transferência da Capital Federal para o interior do território brasileiro não era nova desde 1808 , pelo menos quando a família real portuguesa veio buscar abrigo no Brasil, havia sido notada a vulnerabilidade do Rio de Janeiro no caso de guerras navais, e aventada a possibilidade de transferir a capital para o interior. (MAST, 2004, p. 35) Somando-se à razão acima apontada, havia ainda a percepção de que a cidade do Rio de Janeiro era insalubre, e, principalmente, de que era importante povoar o interior do território brasileiro. A mudança da capital já era prevista na Constituição Federal de 1891 , artigo 3º, que dizia: “Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital federal”. (BARROS, 1891) Contudo, a instabilidade política dos anos iniciais da República viria a acelerar a iniciativa de demarcar a área da nova capital.